Cadeira 59: MARIA LEICE GONÇALVES LOPES

MARIA LEICE GONÇALVES LOPES

 

Membro da Academia Literária
Padrinho:

 

 

MARIA LEICE GONÇALVES LOPES, nascida em 14/06/1959 e natural de Floresta/PE, é professora e advogada, com pós-graduação em Direito Processual Civil, Penal e Trabalhista e Curso de Formação na Escola Superior da Magistratura de Pernambuco.
Seus pais, Lourival Lopes da Silva e Josefa Bastos Gonçalves, logo descobriram a aptidão da filha para os estudos e não mediram esforços para estimulá-la e apoiá-la nesse sentido.
Logo cedo, ela se encantou pela leitura e se deleitava com os gibis – devorava-os e costumava fazer permuta com as colegas -, assim como as revistas em quadrinhos, romances, livros os mais diversos – a exemplo da Vida de Cristo -, e quando não encontrava nada para ler, como se diz, “lia até bula de remédios”!
Aos dez anos de idade, ao concluir o ensino primário – hoje, Fundamental -, ela foi encaminhada para a cidade de Salgueiro/PE, juntamente com os seus quatro irmãos mais velhos, para dar continuidade aos estudos, visto que a sua terra natal, Carnaubeira, não dispunha de segundo grau, à época.
Seu pai dizia que a herança que um pai deixa para o filho é a educação e sua mãe, não cansava de falar que queria uma vida melhor para os filhos (Foram dez, fora o que morreu criança, mais um enteado e três adotivos).
Desta forma, coerentes com o que diziam, priorizaram tanto a educação, que Maria Leice fez uma verdadeira peregrinação por Pernambuco, em sua vida estudantil. Passou por Carnaubeira da Penha, Salgueiro, Mirandiba, Floresta, Petrolina, Serra Talhada, Caruaru e Recife: oito cidades!
Aos dezessete anos, com a conclusão do Científico – hoje, equivalente ao Ensino Médio -, ela começou a ensinar Matemática em Petrolina, mas depois de uns três meses, percebeu que não era bem a carreira que queria seguir e deixou de exercer a profissão, a despeito da grande insistência da diretora da Escola para que continuasse, uma vez que ela havia demonstrado muita eficiência e comprometimento no exercício da profissão.
Irredutível, e ainda com dezessete anos, Maria Leice preferiu submeter-se ao seu primeiro vestibular, em que foi aprovada em oitavo lugar, tendo concluído a Licenciatura Curta em Ciências, na FAFOPST – Faculdade de Formação de Professores de Serra Talhada.
Em 1978, já aos dezoito anos, foi aprovada em terceiro lugar no seu primeiro concurso público, o do Banco do Estado de Pernambuco – BANDEPE.
Três anos depois, passou no concurso interno para Chefe de Seção Rural, função ocupada até novembro de 1991, quando foi exonerada, em consequência da privatização do Banco, no governo de Joaquim Francisco.
No início de 1992, foi Secretária de Finanças da Prefeitura Municipal de Floresta, a convite do seu irmão João Lopes Gonçalves, então Prefeito.
Em 1993, ocupou o mesmo cargo na Prefeitura Municipal de Carnaubeira da Penha – que havia sido emancipada de Floresta -, no governo do seu irmão, Simão Lopes Gonçalves, primeiro prefeito de Carnaubeira da Penha.
O nome da mais nova cidade foi sugerido por Maria Leice, em virtude da existência de muitas palmeiras na localidade e em homenagem a Nossa Senhora da Penha, que se tornaria a Padroeira do Município.
Passando a Secretaria para Maria Leonice Lopes Gonçalves – sua irmã mais nova -, ela foi residir em Petrolândia/PE, onde trabalhou por seis meses, ao ter sido aprovada em primeiro lugar no concurso temporário do IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, na função de Agente Censitário Municipal.
Foi quando decidiu fazer o vestibular de Direito em Caruaru, tendo sido aprovada em décimo terceiro lugar.
Em 2004, concluiu o curso de Direito no tempo regulamentar de cinco anos, obteve a média acima de 8,50 e ficou entre os três alunos laureados das duas turmas, que totalizavam mais de cento e setenta alunos.
Também logrou nota máxima no TCC – Trabalho de Conclusão de Curso, com o tema Responsabilidade Civil do Estado, o qual foi indicado para publicação.
Logo em seguida, em março de 2005, foi aprovada no exame da OAB – Ordem dos Advogados do Brasil, no entanto, não quis advogar.
Decidiu submeter-se a teste para ingressar na Escola Superior da Magistratura de Pernambuco – ESMAPE, no qual foi aprovada.
Concluído com êxito o curso com um ano e meio de duração, resolveu fazer pós-graduação em Direito Processual Civil, Penal e Trabalhista, também com um ano e meio de duração, na Faculdade Maurício de Nassau, na capital pernambucana.
Concomitantemente, havia sido aprovada em três concursos públicos, sendo que dois deles, a nível federal.
A priori, foi chamada para assumir o do Governo do Estado de Pernambuco, em que passou em primeiro lugar no Estado, tendo também conquistado o segundo lugar no curso de formação com duração de três meses, na cidade do Recife.
Trabalhou durante três anos em Arcoverde/PE, quando foi convocada, simultaneamente, para assumir o emprego na CODEVASF, em que passou em sétimo lugar, na cidade de Petrolina/PE, e na Caixa Econômica Federal, a nível federal, onde passou entre os cem primeiros colocados.
Optou pela Caixa Econômica Federal, onde trabalhou de 2004 a 2018 e onde participou de processos seletivos internos para a função de Caixa Executivo, e, posteriormente, de Gerente da Pessoa Jurídica, função que exerceu até sua aposentadoria, em dezembro de 2018.
Na vida profissional, como na vida estudantil, passou por diversas cidades, a saber: Petrolina, Floresta, São José do Belmonte, Mirandiba, Petrolândia, Arcoverde, Palmares e Camaragibe – em Pernambuco -, e nas cidades de Paulo Afonso, Cansanção e Jeremoabo, na Bahia: onze cidades!
Casada com Fábio Odilon Lopes Silva, conseguiu formar em Medicina os quatro filhos (Cibele Gonçalves Lopes, Cinara Gonçalves Lopes, Carine Gonçalves Lopes e Fábio Gonçalves Lopes Filho), sendo esta, por ela considerada, sua maior vitória!
Após a aposentadoria, dedicou-se a atividades que sempre admirou, mas que nunca teve tempo de praticar, tais como desenhar, pintar, escrever e fazer poesias.
Escreveu o livro “Zefinha e Louro, uma história de amor, um exemplo de vida” e é co-autora dos livros “Mulheres de Sucesso do Vale do São Francisco” e “Mulheres de Sucesso do Brasil – Versão Pernambuco”.

 

Patrono:

 

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