Cadeira 21: ZEMA LUZ

Zema Luz

 

 

Membro da Academia Literária
Padrinho:

 

 

José Maria Luz e Silva, (seu nome de batismo), filho do poeta e cordelista, Armando Ferreira da Silva, nasceu na Fazenda Alto Grande, município de Itapagé/CE, hoje pertencente ao município de Tejuçuoca/CE. É advogado, poeta, pintor, desenhista e ator de teatro. Ainda adolescente, foi morar em Fortaleza onde cursou o ensino médio e estudou teatro, concluindo o Curso de Arte Dramática na Universidade Federal do Ceará, momento de sua vida que participou de diversas peças, com destaque para a peça GIMBA de Gianfrancesco Guarnieri, sob a direção de Guaracy Rodrigues, interpretando o controvertido personagem Gabiró. No teatro infantil ganhou o premio de melhor peça infantil do festival promovido pela Secretaria de Cultura do Ceará em parceria com o Serviço Nacional de Teatro, em 1976, com a peça “A GUERRA DOS PIRULITOS” do dramaturgo Raimundo Lima, sendo dito espetáculo montado em diversas cidades do Nordeste. Iniciou o curso de Administração de Empresas na Universidade de Fortaleza – UNIFOR, abandonando após 4 períodos, em 1980, tendo em vista que passou no concurso do Banco do Brasil, onde trabalhou até 1995, em várias cidades do Amazonas e Pernambuco, exercendo diversos cargos de gerência média e alta. Concluiu o Curso de Direito no Centro Universitário Cesmac, conceituada instituição de ensino de Alagoas e atualmente é Advogado em Maceió-AL militando, principalmente, nas áreas do Direito Civil e Trabalhista, e, nas horas vagas faz poesias e desenhos realísticos, suas atuais paixões artísticas. É membro da Academia Literária Clube da Poesia Nordestina, tendo participado da coletânea de poesias “VAMOS FAZER POESIA” publicada em 2021. Casado com Nívea Luz, tendo vindo à luz dessa união, Armando Luz. Do matrimônio anterior é pai de 4 filhos: Ana Célia, Thiago, Ulisses e Bruna Lorenna.

 

Patrono

Thiago de Mello

 

 

Thiago de Mello Amadeu (Barreirinha, 30 de março de 1926 — Manaus, 14 de janeiro de 2022) foi um poeta, jornalista e tradutor brasileiro. Foi considerado um dos poetas mais influentes e respeitados no país, reconhecido como um ícone da literatura regional. Ainda criança, mudou-se com a família para Manaus, onde iniciou seus estudos no Grupo Escolar Barão do Rio Branco e depois, no Ginásio Pedro II. Mais tarde mudou-se para o Rio de Janeiro, onde em 1946 ingressou na Faculdade Nacional de Medicina, mas não chegou a concluir o curso para seguir a carreira literária. Primeiros Poemas Em 1947, Thiago de Mello publicou seu primeiro volume de poemas, “Coração da Terra”. Em 1950 publicou seu poema “Tenso Por Meus Olhos”, na primeira página do Suplemento Literário do Jornal Correio da Manhã. Em 1951 publicou “Silêncio e Palavra”, que foi muito bem acolhido pela crítica. Em seguida publicou: “Narciso Cego” (1952) e “A Lenda da Rosa” em (1957). Adido Cultural Em 1957, Thiago de Mello foi convidado para dirigir o Departamento Cultural da Prefeitura do Rio de Janeiro. Entre 1959 e 1960 foi adido cultural na Bolívia e no Peru. Em 1960 publicou “Canto Geral”. Entre os anos de 1961 e 1964 foi adido cultural em Santiago, no Chile, onde conhece o escritor Pablo Neruda, de quem faz a tradução de uma antologia poética. Estatuto do Homem Logo depois do golpe militar de 1964, Thiago renunciou ao posto de adido cultural e em 1965 foi residir no Rio de Janeiro. Sua poesia ganhou forte conteúdo político e Indignado com o Ato Institucional nº. 1 e por ver a tortura ser empregada como método de interrogatório, escreveu o seu poema mais famoso, “Os Estatutos do Homem” (1977): Artigo I Fica decretado que agora vale a verdade. agora vale a vida, e de mãos dadas, marcharemos todos pela vida verdadeira. Artigo II Fica decretado que todos os dias da semana, inclusive as terças-feiras mais cinzentas, têm direito a converter-se em manhãs de domingo. Artigo III Fica decretado que, a partir deste instante, haverá girassóis em todas as janelas, que os girassóis terão direito a abrir-se dentro da sombra; e que as janelas devem permanecer, o dia inteiro, abertas para o verde onde cresce a esperança. Exílio Em 1966, Thiago de Mello publicou “A Canção do Amor Armado” e “Faz Escuro Mais Eu Canto” (1968). Perseguido pelo governo militar, retornou para Santiago, onde permaneceu exilado durante dez anos. Em 1975 recebeu o Prêmio de Poesia da Associação Paulista de Críticos de Arte, pelo livro “Poesia Comprometida Com a Minha e a Tua Vida”. No exílio, também morou na Argentina, Portugal, França e Alemanha. Com o fim do regime militar, voltou à sua cidade natal e depois mudou-se para Manaus, onde viveu até sua morte. Características da Obra de Thiago de Mello Thiago de Mello, autor de uma obra vinculada à geração de 1945, tornou-se nacionalmente conhecido na década de 1960 como um intelectual engajado na luta pelos Direitos Humanos, e manifestou em sua poesia o seu repúdio ao autoritarismo e à repressão. Depois do exílio político, voltou ao Brasil em 1978. Ao lado do cantor e compositor Sérgio Ricardo, participou do show “Faz Escuro Mas Eu Canto”, dirigido pelo cronista Flávio Rangel. Ainda em 1978, retorna para a cidade de Barreirinhas, no Amazonas. Em abril de 1985, o poema “Os Estatutos do Homem”, de 1977, foi musicado por Cláudio Santoro, e abriu a temporada de concertos do Teatro Municipal do Rio de Janeiro.

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