Eulália Costa
Membro da Academia Literária
Padrinho:
Eulália Costa, Pesquisadora; Mestre em Saúde e Ambiente (UFMA); graduada em Enfermagem e Obstetrícia pela UEMA, pós-graduada em Saúde da Família e Vigilância Sanitária dos Alimentos, funcionária pública federal e escritora/poeta (“Uma viagem fascinante” – 2009 publicado pela Editora Vermelho Marinho da Usina de Letras; Livro Antítese do Tempo pela Corpos Editora Porto-Portugal – 2011.Ebook Metamorfose Poética 2012/ 2019 – Literarte e Ebook Novo Horizonte 2019 – Editora Mágico de Oz. Membro Acadêmica de diversas Academias de Letras e Artes no Brasil e exterior. Participações em várias Antologias literárias e Concursos literários/ possui artigos científicos publicados.
Patronesse
Maria Firmina dos Reis
Maria Firmina dos Reis nasceu na ilha de São Luís do Maranhão, em 11 de outubro de 1825. Filha de João Pedro Esteves e Leonor Felipe dos Reis. Em 1830, mudou-se para a Vila de São José de Guimarães, município de Viamão. Viveu parte de sua vida na casa de uma tia materna. Esse acolhimento teria sido crucial para a sua formação. Como parte dessa formação, foi incentivada pelo escritor e gramático Sotero dos Reis, seu primo por parte de mãe, a dedicar-se na busca pelo conhecimento.
Em 1847, concorreu à cadeira de Instrução primária no município de Viamão, sendo aprovada. Nessa região, exerceu a – profissão como professora de primeiras letras, de 1847 a 1881.
Em 1859, publicou o que é considerada sua principal obra e um dos primeiros romances abolicionistas da literatura brasileira – Úrsula. Em que narra a condição da população negra no Brasil. Obra classificada como um dos primeiros escritos de uma mulher negra brasileira e com forte imersão em elementos da tradição africana.
Maria Firmina viveu em um contexto de extrema segregação social e racial. Tendo em vista esse cenário, podemos considerar o romance Úrsula um ato de coragem. No entanto, como era comum numa época em que as mulheres viviam submetidas a inúmeras limitações e preconceitos, principalmente as mulheres negras, a educadora e escritora omite seu nome como autora, utilizando apenas a designação “Uma Maranhense”. As questões da população negra e sua condição na sociedade inquietava e mobilizava a educadora. Então, em 1887, escreveu um conto sobre o mesmo tema, “A escrava”, e, em 1871, publicou a obra de poesias Cantos à beira-mar.
Maria Firmina não tinha posses, mas não vivia na probreza. Ocupava um lugar intermediário, porém mais próximo da pobreza do que da riqueza. Foi professora de primeiras letras e colaboradora de jornais literários, publicando poesias, ficção e crônicas. Ao se aposentar, no início da década de 1880, funda a primeira escola mista gratuita do estado do Maranhão. Essa iniciativa causou escândalo no povoado de Maçaricó, e a escola foi fechada.
Faleceu em 11 de novembro de 1917, em Guimarães, município do estado do Maranhão. Teve uma vida dedicada a ler e escrever, descortinando, assim, novos horizontes para as mulheres negras brasileiras.