Cadeira 76: ODEÍDE DANTAS

Odeíde Dantas

 

 

Membro da Academia Literária
Padrinho:

 

 

FRANCISCA ODEÍDE DANTAS DE MORAES, oriunda de Cacaré dos Dantas, município de Cajazeira do Rolin, Paraíba. Imperatrizense por adoção, desde os 7 meses de idade, aqui cresci, física e intelectualmente. Casei-me com um belo rapaz cheio de adjetivos inerentes ao caráter e um próspero comerciante. Dessa união nasceram 8 filhos, desses criamos 7 maravilhosos presentes que DEUS nos deu. Desses 7 filhos, 6 mulheres e 1 homem, dos quais tenho muito orgulho dessa prole. Todos os filhos têm nível superior e eu também. Meu digníssimo esposo tinha um grau de estudo de profissionalizante muito bem desempenhado. Meu querido companheiro nos deixou há 4 anos, deixando grande saudade pra todos nós,(sete filhos, vinte e cinco netos e dois bisnetos).

Patronesse

Cecília Meireles

 

Cecília Meireles (1901-1964), foi uma poetisa, professora, jornalista e pintora brasileira. Foi a primeira voz feminina de grande expressão na literatura brasileira, com mais de 50 obras publicadas. Com 18 anos estreia na literatura com o livro “Espectros”.

Participou do grupo literário da Revista Festa, grupo católico, conservador. Dessa vinculação herdou a tendência espiritualista que percorre seus trabalhos com frequência. Embora mais conhecida como poetisa, deixou contribuições no domínio do conto, da crônica, da literatura infantil e do folclore.

Cecília Benevides de Carvalho Meireles (1901-1964) nasceu no Rio de Janeiro no dia 7 de novembro de 1901. Perdeu o pai poucos meses antes de seu nascimento e a mãe logo depois de completar 3 anos. Foi criada por sua avó materna, a portuguesa Jacinta Garcia Benevides.

 

Formação

Cecília Meireles fez o curso primário na Escola Estácio de Sá, onde recebeu das mãos de Olavo Bilac a medalha do ouro por ter feito o curso com louvor e distinção. Em 1917 formou-se professora na Escola Normal do Rio de janeiro. Estudou música e línguas. Passou a exercer o magistério em escolas oficiais do Rio de Janeiro.

 

Carreira literária

Em 1919, Cecília Meireles lançou seu primeiro livro de poemas, “Espectros” com 17 sonetos de temas históricos. Em 1922, por ocasião da Semana de Arte Moderna ela participou do grupo da revista Festa, ao lado de Tasso da Silveira, Andrade Muricy e outros, que defendia o universalismo e a preservação de certos valores tradicionais da poesia. Nesse mesmo ano, casa-se com o artista plástico português Fernando Correia Dias, com quem teve três filhas.

Cecília Meireles estudou literatura, folclore e teoria educacional. Colaborou na imprensa carioca escrevendo sobre folclore. Atuou como jornalista em 1930 e 1931 e publicou vários artigos sobre educação. Fundou em 1934 a primeira biblioteca infantil no Rio de Janeiro. O interesse de Cecília pela educação se transformou em livros didáticos e poemas infantis.

Ainda em 1934, a convite do governo português, Cecília viaja para Portugal, onde profere conferências divulgando a literatura e o folclore brasileiros. Em 1935 morre seu marido.

 

Professora

Entre 1936 e 1938, Cecília lecionou Literatura Luso-Brasileira na Universidade Federal do Rio de Janeiro. Em 1938, o livro de poemas “Viagem” recebe o Prêmio de Poesia, da Academia Brasileira de Letras. Em 1940 casa-se com o professor e engenheiro agrônomo Heitor Grilo.
Nesse mesmo ano, Cecília leciona Literatura e Cultura Brasileira na Universidade do Texas. Profere conferência sobre Literatura Brasileira em Lisboa e Coimbra. Publica em Lisboa o ensaio “Batuque, Samba e Macumba”, com ilustrações de sua autoria.

Em 1942 torna-se sócia honorária do Real Gabinete Português de Leitura do Rio de Janeiro. Realiza várias viagens aos Estados Unidos, Europa, Ásia e África, fazendo conferências sobre Literatura, Educação e Folclore.

 

Características da obra de Cecília Meireles

A rigor, Cecília Meireles nunca esteve filiada a nenhum movimento literário. Sua poesia, de modo geral, filia-se às tradições da lírica luso-brasileira. Apesar disso, suas publicações iniciais evidenciam certa inclinação pelo Simbolismo, reúnem religiosidade, desespero e individualismo. Há misticismo no campo da solidão, mas existe a consciência de seus dons e seu destino:

“Eu canto porque o instante existe
e a minha vida está completa.
-Não sou alegre nem sou triste:
sou poeta.”

Quais são as grandes obras de Cecília Meireles?

A verdade é que as obras de Cecília Meireles até hoje têm um impacto muito saudável e educacional para a literatura brasileira.

Não só no Brasil, mas em outros países as obras dessa grande escritora brasileira tem a sua função em educar e mostrar às pessoas o quanto a literatura é libertadora.

Ouvir a seguir algumas obras de Cecília Meireles para você conhecer ainda mais sobre o trabalho natural dessa grande escritora e poetisa brasileira.

  • Pequeno Oratório de Santa Clara, poesia (1955)
  • Evocação Lírica de Lisboa, prosa (1948)
  • Romanceiro da Inconfidência, poesia (1953)
  • Pístóia, Cemitério Militar Brasileiro, poesia (1955)
  • Romance de Santa Cecília, poesia (1957)
  • Nunca Mais… e Poema dos Poemas (1923)
  • Doze Noturnos de Holanda, poesia (1952)
  • Escolha o Seu Sonho, crônica (1964)
  • Baladas Para El-Rei, poesia (1925)
  • Poemas Escritos Na Índia (1962)
  • Eternidade em Israel, prosa (1959)
  • Ou Isto Ou Aquilo, poesia (1965)
  • Metal Rosicler, poesia (1960)
  • Giroflê, Giroflá, prosa (1956)
  • Canção, poesia (1956)
  • Espectros, poesia (1919)
  • Vaga Música, poesia (1942)
  • Viagem, poesia (1939)
  • Mar Absoluto, poesia (1945)
  • Viagem, poesia (1925)
  • Antologia Poética, poesia (1963)
  • Retrato Natural, poesia (1949)
  • A Rosa, poesia (1957)

 

As melhores frases de Cecília Meireles

 

Cecília Meireles

Confiasse aqui algumas citações de Cecília Meireles e conheço ainda mais sobre os pensamentos e forma de educar dessa grande escritora e educadora brasileira.

“Liberdade de voar num horizonte qualquer, liberdade de pousar onde o coração quiser.”

“Adestrei-me com o vento e minha festa é a tempestade.”

“Quanto mais me despedaço, mais fico inteira e serena.”

“Tenho fases, como a Lua; fases de ser sozinha, fases de ser só sua.”

“Aprendi com as primaveras a deixar-me cortar e a voltar sempre inteira.”

“Liberdade é uma palavra que o sonho humano alimenta, não há ninguém que explique e ninguém que não entenda.”

“De longe te hei de amar – da tranquila distância em que o amor é saudade e o desejo, constância.”

“A minha infância de menina sozinha deu-me duas coisas que parecem negativas, e foram sempre positivas para mim: silêncio e solidão.”

“Se em um instante se nasce e um instante se morre, um instante é o bastante pra vida inteira.’

“Em toda a vida, nunca me esforcei por ganhar nem me espantei por perder. A noção ou o sentimento da transitoriedade de tudo é o fundamento mesmo da minha personalidade.”

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