Cadeira 1: IRANILDO MARQUES

Iranildo Marques

 

 

Membro da Academia Literária
Padrinho: Bento Sales

 

 

Iranildo Luiz Marques de Sá, produtor cultural, poeta, escritor, jornalista, professor, fundador do Jornal Desafio (juntamente com alguns amigos que formavam o Grupo de Poetas Desafio, com Coletâneas publicadas). Filho de Dalvim Gomes de Sá (in memorian) e Iradete Marques. Casado com Evânia Marques, pai de quatro filhos: Fernanda, Fernando, Isabela e Ingrid e tem dois netos, Raquel e Luís Miguel.

Foi presidente da Fundação Casa da Cultura de Serra Talhada (1993-1996) na qual realizou o Festival de Música Vamos Cantar. Membro da União Brasileira de Escritores (UBE/PE). Obras literárias publicadas: Minhas Palavras (1983), De Mãos Vazias (1984), Encontro (1985), Coletânea de Poesias Desafio – Volume I (1989), Volume II (1990), Volume III (1992), Volume IV (1996). Idealizador e realizador do Festival Vamos Fazer Poesia, o maior Festival de Poesia do mundo, contando com a oitava edição, com o intuito de se confraternizar num encontro de grandiosos poetas e divulgar a poesia pelo mundo. Idealizador do Clube da Poesia Nordestina e da Academia Literária Virtual.

 

LIVROS PUBLICADOS:

MINHAS PALAVRAS (1983)

DE MÃOS VAZIAS (1984)

ENCONTRO (1985)

 

 

FUNDOU O GRUPO DE POETAS DESAFIO REALIZANDO O4 COLETÂNEAS DE POESIAS!

 

 

PRESIDENTE DA FUNDAÇÃO CASA DA CULTURA DE SERRA TALHADA-PE

 

PRINCIPAIS PROJETOS:

AQUISIÇÃO DE 25 INSTRUMENTOS MUSICAIS PARA A FILLARMÔNICA VILLABELENSE JUNTO À FUNDAÇÃO BANCO DO BRASIL

Iranildo Marques, fazendo entrega de instrumentos Musicais para Filarmônica Vilabelense, enquanto presidente da Fundação Casa da Cultura de Serra Talhada.

 

FESTIVAL VAMOS CANTAR

 

FESTIVAL VAMOS FAZER POESIA

 

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Patrono

 

João Paraibano 

 

João Pereira da Luz, mas conhecido como João Paraibano foi um poeta e repentista paraibano, nasceu no ano de 1952 em Princesa Isabel, estado da Paraíba e que viveu muitos anos em Afogados da Ingazeira no Sertão Pernambucano. Dos 62 anos de vida, 40 foram dedicados à poesia e à cantoria nordestina. João nunca frequentou escola, mas sempre criou seus versos de improviso, foi um dos principais repentistas do país, e participou de dezenas de festivais pelo Brasil inteiro. João Paraibano é considerado por muitos apologistas e admiradores da cantoria e do repente, um dos maiores cantadores de repente no braço da viola. Sua grandeza fica ainda maior  quando o tema refere-se ao Sertão, onde ao longo desses anos tornou-se especialista no tema. Entretanto, foi um grande poeta cantando tantos outros assuntos da cultura popular de improviso.

O repentista foi ganhador de vários festivais de violeiros, com três participações no Fantástico pela Rede Globo de Televisão, juntamente com o poeta Sebastião Dias, e recentemente no final de 2010 fez a despedida do ex-presidente Lula com o poeta Valdir Teles. Este nobre poeta fez várias apresentações com diversos cantadores da viola, como, por exemplo: Ivanildo Vilanova, Sebastião da Silva, Sebastião Dias, Valdir Teles, Severino Ferreira, Severino Feitosa, Moacir Laurentino, Geraldo Amâncio, Raimundo Caetano, Nonato Costa e Raimundo Nonato (Os Nonatos), entre outros tantos gênios poetas do improviso. Sebastião Dias foi quem mais o acompanhou em congressos e cantorias “pé-de-parede”, por esse Brasil afora.

O poeta certo dia estava em uma festa e devido a uma briga com sua esposa, por motivos de ciúmes, foi preso. Conta-se que quando se viu preso o poeta aos prantos e em estado de embriaguez, declamou os seguintes versos de improviso para o delegado:

Doutor eu sei que errei
Por dois fatos: dama e porre.
Por amor se mata e morre.
Eu nem morri, nem matei,
Apenas prejudiquei
Um ambiente de classe.
Depois de apanhar na face
Bati na flor do meu ramo.
Me prenderam porque amo
Quanto mais se eu odiasse.
Poeta mesmo ofendido
Sabe oferecer afeto.
Faz pena dormir no teto
Da morada de um bandido,
Se humilha, faz pedido
Ninguém escuta a voz sua,
Não vê o sol, nem a lua
Deixar o espaço aceso.
Por que um poeta preso
Com tantos ladrões na rua?

Sei que não sou marginal,
Mas por ciúmes de alguém,
Bebi pra fazer o bem,
Terminei fazendo o mal.
Eu tendo casa, quintal,
Portão, cortina, janela,
Deixei pra dormir na cela
Com a minha cabeça lesa,
Só sabe a cruz quanto pesa
Quem está carregando ela.

Poeta é um passarinho
Que quando está na cadeia
Sua pena fica feia,
Sente saudade do ninho,
Do calor do filhotinho,
Da fonte da imensidade.
Se come deixa a metade
Da ração que o dono bota,
Se canta esquece da nota
Da canção da liberdade.

Doutor, se eu perder meu nome
Não acho mais quem o empreste,
A minha mulher não veste,
Minha filhinha não come
E a minha fama se some
Para nunca mais voltar.
Não querendo lhe comprar,
Mas humildemente peço:
Se puder, rasgue o processo
E deixe o poeta cantar.

João Pereira da Luz, faleceu em 1º de setembro de 2014 após passar 21 dias internado na UTI do Hospital Alfa, em Boa Viagem, na Zona Sul do Recife, lutando contra uma infecção contraída durante o tratamento de um coágulo na cabeça surgido depois de um acidente no mês de agosto. O poeta deixou esposa, três filhos e três netos. O corpo foi levado para Afogados da Ingazeira, onde residia.

Um comentário em “Cadeira 1: IRANILDO MARQUES”

  • Julimar Andrade Vieira disse:

    Sugiro corrigir a última frase da biografia do Patrono. Onde consta “Seu corpo foi blevado”, o correto, provavelmente, seria “Seu corpo foi levado” (falha de digitação).

    Reply

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