Autor: clubedapoesia
Cadeira 54:
Cadeira 53: BIANCA MORELES
Bianca Moreles
Membro da Academia Literária
Padrinho:
Bianca Moreles Barros Cunha, Santanense de nascimento, Angicana de coração e moradia, poetisa, artista plástica e muito mais, gosta muito de animais, principalmente os felinos, tem o ensino médio e a sabedoria da roça.
Patrono
Patativa do Assaré
Antônio Gonçalves da Silva, filho de Pedro Gonçalves da Silva e Maria Pereira da Silva, nasceu no dia 5 de março de 1909, sendo agricultor aos 20 anos foi levado por um parente para o Pará onde foi apresentado ao escritor José Carvalho, passando lá 5 meses onde só fazia cantar com os cantadores de viola, voltando ao Ceará continuou sua vida na agricultura, cantando seus poemas quando era convidado.
Patativa do Assaré (1909-2002) foi um poeta e repentista brasileiro, um dos principais representantes da arte popular nordestina do século XX. Com uma linguagem simples, porém poética, retratava a vida sofrida e árida do povo do sertão.
Projetou-se nacionalmente com o poema “Triste Partida” em 1964, musicado e gravado por Luiz Gonzaga. Seus livros, traduzidos em vários idiomas, foram tema de estudos na Sorbonne, na cadeira de Literatura Popular Universal.
Infância e Adolescência
Patativa do Assaré (Antônio Gonçalves da Silva) nasceu no sítio Serra de Santana, pequena propriedade rural no município de Assaré no Sul do Ceará. Foi o segundo dos cinco filhos dos agricultores Pedro Gonçalves da Silva e Maria Pereira da Silva.
Com seis anos, perdeu a visão do olho direito em consequência do sarampo. Órfão de pai aos oito anos de idade teve que trabalhar no cultivo da terra, ao lado do irmão mais velho, para sustentar a família.
Com a idade de 12 anos, Patativa do Assaré frequentou uma escola e durante quatro meses aprendeu a ler e se apaixonou pela poesia. Com 13 anos começou a fazer pequenos versos. Com 16 anos comprou uma viola e logo começou a fazer repentes com os motes que lhe eram apresentados.
O Apelido de Patativa do Assaré
Descoberto pelo jornalista cearense José Carvalho de Brito, Patativa publicou seus textos no jornal “Correio do Ceará”. O apelido de Patativa surgiu porque suas poesias eram comparadas com a beleza do canto dessa ave nativa da Chapada do Araripe.
Com vinte anos, Patativa do Assaré começou a viajar por várias cidades do Nordeste e diversas vezes se apresentou na Rádio Araripe. Viajou para o Pará em companhia de um parente, José Alexandre Montoril, que lá morava.
Patativa passou cinco meses cantando ao som da viola em companhia dos cantadores locais. Nessa época, incorporou o Assaré ao seu nome. Patativa do Assaré foi casado com D. Belinha e teve nove filhos.
Primeiro Livro de Poesias
Entre 1930 e 1955, Patativa permaneceu na Serra de Santana, época em que compôs a maior parte de sua poesia. Nessa época, passou a declamar seus poemas na Rádio Araripe, quando foi ouvido pelo filólogo, José Arraes, que o ajudou na publicação de seu primeiro livro, “Inspiração Nordestina” (1956), no qual reuniu vários poemas.
Triste Partida
Mesmo com um linguajar rude falado pelo sertanejo, crivado de erros e mutilações, a poesia de Patativa do Assaré teve projeção por todo o Brasil com a gravação de “Triste Partida” (1964), cantada por Luiz Gonzaga:
Setembro passou
Oitubro e Novembro
Já tamo em Dezembro
Meu Deus, que é de nós,
Meu Deus, meu Deus
Assim fala o pobre
Do seco Nordeste
Com medo da peste
Da fome feroz. (…)
A poesia de Patativa do Assaré traz uma visão crítica da dura realidade social do povo sertanejo o que lhe valeu o título de “Poeta Social”. Um exemplo é o poema “Brasi de Cima e Brasi de Baixo:
Meu compadre Zé Fulô,
Meu amigo e companheiro,
Faz quage um ano que eu tou
Neste Rio de Janeiro;
Eu saí do Cariri
Maginando que isto aqui
Era uma terra de sorte,
Mas fique sabendo tu
Que a miséra aqui no Su
É esta mesma do Norte.Tudo o que procuro acho,
Eu pude vê neste crima,
Que tem o Brasi de Baxo
E tem tem o Brasi de Cima.
Brasi de Baxo, coitado!
É um pobre abandonado;
O de Cima tem cartaz,
Um do ôtro é bem deferente;
Brasi de Cima é pra frente,
Brasi de Baxo é pra trás. (…)
Mesmo longe dos grandes centro, Patativa estava sempre atento com os fatos políticos do país, a política também foi tema de sua obra. Durante o regime militar, ele criticou os militares e chegou a ser perseguido. Participou da campanha das Diretas Já e, em 1984 publicou o poema “Inleição Direta 84“.
Patativa do Assaré publicou inúmeros folhetos de cordel, viu seus poemas serem publicados em jornais e revista. Suas poesias foram reunidas em diversos livros, entre eles: “Cantos da Patativa” (1966), “Canta lá Que Eu Canto Cá” (1978), “Aqui Tem Coisa” (1994). Com a produção do cantor Fagner, ele gravou o LP “Poemas e Canções” (1979). Em 1981 lançou o LP “A Terra é Naturá“.
Últimos Anos
Ao completar 85 anos, Patativa do Assaré foi homenageado com o LP “Patativa do Assaré – 85 Anos de Poesia” (1994), com participação das duplas de repentistas, Ivanildo Vila Nova e Geraldo Amâncio e Otacílio Batista e Oliveira de Panelas.
Os livros de Patativa do Assaré foram traduzidos em diversos idiomas e seus poemas tornaram-se temas de estudo na Sorbonne, na cadeira da Literatura Popular Universal, sob a regência do Professor Raymond Cantel.
Patativa do Assaré, sem audição e totalmente cego desde o final dos anos 90, faleceu em consequência de falência múltipla dos órgãos, em sua casa em Assaré, Ceará, no dia 8 de julho de 2002.
Poesias de Patativa do Assaré
- A Festa da Natureza
- ABC do Nordeste Flagelado
- Aos Poetas Clássicos
- A Terra dos Posseiros de Deus
- A Terra é Naturá
- A Triste Partida
- Cabra da Peste
- Caboclo Roceiro
- Cante Lá, Que Eu Canto Cá
- Casinha de Palha
- Dois Quadros
- Eu Quero
- Flores Murchas
- Inspiração Nordestina
- Lamento Nordestino
- Linguagem dos Óio
- Mãe Preta
- Nordestino Sim, Nordestino Não
- O Burro
- O Peixe
- O Poeta da Roça
- O Sabiá e o Gavião
- O Vaqueiro
- Triste Partida
- Vaca Estrela e Boi Fubá
Cadeira 52: Charles Melo
Charles Melo
Membro da Academia Literária
Padrinho:
Antônio Charles Melo Feijão, nasceu na cidade de Groaíras-CE, no dia 14 de janeiro de 1993 e cresceu num sertãozinho chamado Gangorra onde vive até os dias atuais. É escritor, poeta e cordelista brasileiro, graduado em Administração pela FLATED ( Faculdade Latino Americana de Educação), é membro da UBE ( União Brasileira de Escritores) e autor de um livro poético intitulado: “Veredas Sertanejas” e vários cordéis.
Patrono
Pedro Bandeira
Pedro Bandeira Pereira de Caldas é considerado o “príncipe dos poetas populares do Nordeste”. Filho de Tobias Pereira de Caldas e da poetisa Maria Bandeira de França. Nasceu em sítio Riacho da Boa Vista em 1938 no município de Piranhas Paraíba. Recebeu em 2018 o título de Tesouro Vivo da Cultura do Estado ( Secult). Faleceu aos 82 anos dia 24 de agosto de 2020.
Cadeira 51:
Cadeira 50: ENAIDE VIDAL
Enaide Vidal
Membro da Academia Literária
Padrinho: Rena Bezerra
Enaide Vidal, nasceu em Água Branca – PB, distrito do município de Princesa Isabel, hoje cidade. Filha de José de Freitas Vidal e Gualterina Alencar Vidal. Tornou-se professora aos dezoito anos. Viveu e lecionou em Água Branca até 1957, quando se casou e veio residir na vizinha cidade de Tabira- PE, onde nasceram cinco dos seus oito filhos.
Em 1971 mudou-se para Recife onde continuou lecionando português em colégios estaduais. Em 1976 tornou-se bacharel em Direito pela UFPE (Universidade Federal de Pernambuco), exercendo as duas profissões. Aposentada, dedica-se a curtir os filhos, netos e bisnetos, a viajar e a escrever.
Participa do grupo literário Dom Carrero, que já publicou dois livros escritos coletivamente: Bartheby um Espelho Possível e Tanto Quantos Somos. É membro da UBE – União Brasileira de Escritores /PE e tem participado de várias antologias publicadas no Recife. Em 2018 participou pela primeira vez do Festival Vamos Fazer Poesia em São José do Belmonte onde também faz parte da coletânea de mesmo nome. É autora do livro infantil – Érika e o Menino do Cometa e de dois livretos biográficos sobre seus pais, Zezinho Vidal e Gualterina Alencar – Dona Teté, por ocasião do centenário de nascimento deles.
Recebeu o prêmio “Dulce Chacon” – Escritora Nordestina 2016, da Academia Pernambucana de Letras – API, pelo livro “Retalhos de Vida Costurados de Saudade”.
Patrono
Alcides Carneiro
Alcides Vieira Carneiro, nasceu em Princesa, atual Princesa Isabel (PB), em 11 de junho de 1906, filho do coronel Vicente Vieira Carneiro e de Maria de Azevedo Vieira Carneiro.
Começou seus estudos em Princesa Isabel, com o professor Adriano Feitosa, prosseguindo em Fortaleza, estado do Ceará, no Instituto São Luiz e no Liceu Cearense. “Aos onze anos viajei ao Ceará, a terra onde vi o mar e conheci o automóvel e a água encanada”.
Iniciou o curso de Direito na capital cearense, mas bacharelou-se no Recife, em 1926, aos 20 anos de idade. A partir de 1930 começou a sua escalada como homem público. Antes de transferir-se para o Rio de Janeiro, foi nomeado prefeito de Princesa Isabel, após a morte do presidente João Pessoa, não chegando a tomar posse no cargo porque o município foi ocupado pelas Forças do Exército, por ordem do Ministro da Guerra. Foi nomeado, então, interventor do município paulista de Itápolis. Outros cargos que exerceu: Inspetor do Ensino Secundário, no Rio de Janeiro; Procurador da República, no estado de Espírito Santo; Oficial de Gabinete do Ministro da Educação; Consultor Jurídico do Ministério da Educação e Advogado da Polícia Militar, no Rio de Janeiro; Curador de Massas Falidas, no Rio de Janeiro. Exerceu, ainda, as Curadorias de Menores e de Família e Procurador de Justiça. Quando faleceu, era Ministro do Superior Tribunal Militar e Presidente da Campanha Nacional das Escolas da Comunidade.
Além de advogado e político, Alcides Carneiro era, acima de tudo, um grande orador, seus discursos sensibilizavam qualquer público. Era também, poeta e trovador. Membro da Academia Carioca de Letras, Delegado da Academia Paraibana de Letras, junto à Federação das Academias Brasileiras de Letras do Brasil.
Cadeira 49: Rosa Chaves
Rosa Chaves
Membro da Academia Literária
Padrinho: Luiz Gonzaga Maia
Rosa Maria Chaves Pinto Nunes, nasceu na cidade de Apodi-RN no dia 17 de Abril de 1970. Filha do agricultor e pecuarista Francisco Sales Pinto (in memoriam) e da dona de casa Rosa Cândida Chaves Pinto. Casada com Francisco Nunes Pereira e mãe de Murillo Pinto Nunes. Graduada em Ciências Sociais pela Universidade do Estado do Rio Grande do Norte – UERN no ano de 1995 e Pós Graduada em Gestão e Coordenação Escolar pela Faculdade do Vale do Jaguaribe – FVJ no ano de 2011. Professora da Secretaria Estadual de Educação e Cultura do Rio Grande do Norte – SEEC/RN desde o ano de 1990. Exerce a função de Professora Regente de Biblioteca na E E Zenilda Gama em ApodiRN. Participou dos cordéis coletivos: Vidas Negras Importam (El Gorrión); 100 Anos de Paulo Freire (Ana Reis e Bernadete Couto); Festival Virtual Vamos Fazer Poesia em 2020 e Nosso Brasil Precisava de uma Grande Academia (Iranildo Marques). E também das coletâneas I, II e III da ALESPE, Sertão e Poesia em 2021, 2022 e 2023 (organizadas pelo poeta Amaurilio Sousa). É membro da Academia Virtual Clube da Poesia Nordestina e participou das edições: VIII, IX e X do Festival Vamos Fazer Poesia em 2021, 2022 e 2023, organizado pelo poeta Iranildo Marques. Participa do grupo virtual Poderosas do Cordel.
Patrona:
Zila Mamede
Cadeira 48: MAGALY HOLANDA
Cadeira 47: FRAN FARIAS
Fran Farias
Membro da Academia Literária
Madrinha: Lúcia Silva
Francilda da Silva Farias ( Fran Farias) Poetisa Cordelista! Nascida em 05/ 10/84, filha de Antônio Carlos de Moraes Farias, Francenilda Alves da Silva.
Cidade de origem, Grajaú- MA. Atualmente em Goiânia, promotora de vendas, cursei o ensino fundamental completo, magistério, secretariado, participei de alguns cordeis coletivos, e está previsto pra esse mês, meu primeiro livro solo, que tem como título: Poço de Poesia! Na adolescência, encontrei os romances que meu avô guardava, comecei a ler e me apaixonei.
Desde então, quis fazer parte desse mundo maravilhoso, o mundo da poesia, popular.
Patrono
Sebastião Dias
O poeta e repentista Sebastião Dias Filho, nasceu no município de Ouro Branco, localizado no Estado do Rio Grande do Norte no dia 13 de setembro de 1950.
Desde cedo, a partir da leitura de folhetos de cordel e da cantoria de viola, trabalhou com arte do improviso.
Sebastião Dias, faleceu aos 73 anos, em barbalha (CE) após sofrer um infarto durante uma cantoria.
Cadeira 46: SEVERINO ARAÚJO (In Memoriam)
Severino Araújo
Membro da Academia Literária
Severino Luiz de Araújo, nasceu na cidade de Carpina (PE) em 12/03/1939 (81 anos), Economista formado pela Universidade Católica de Pernambuco. Sua vida profissional foi intensa, tendo trabalhado na Câmara dos Deputados (Brasília-DF) durante 28 anos, vindo recentemente a participar do Festival Vamos Fazer Poesia (Serra Talhada-PE).
Patrono
Carlos Pena Filho
Carlos Souto Pena Filho (Recife, 17 de maio de 1929 – Recife, 1 de julho de 1960) foi um advogado, jornalista e poeta brasileiro, considerado um dos mais importantes poetas pernambucanos da segunda metade do século XX depois de João Cabral de Melo Neto. Formado em Direito pela Faculdade de Direito do Recife, em frente à qual hoje se encontra o busto do poeta
Obra
A poética de Carlos Pena Filho, carregada de oralidade e musicalidade, possui forte apelo pictórico. Visual e plástico, o poeta “pinta” o poema com palavras. Dono de um lirismo envolvente, é um poeta de imagens plásticas onde se destaca a cor, o movimento e a luz. Escreveu vários poemas tendo nos títulos a palavra retrato e cerca de uma centena contendo os nomes das cores ou referências a elas. Dentre estas, possuía forte interesse no Azul, a ponto de alguns afirmarem que trata-se de uma “poesia vestida de azul”. Seu primeiro trabalho como poeta, o soneto “Marinha”, foi publicado em 1947 pelo Diário de Pernambuco. Em 1952, publicou o primeiro livro: “O Tempo da Busca”.
Ainda estudante, publicou “Memórias do Boi Serapião” em 1956. Bacharelou-se em 1957 e no ano seguinte saiu “A Vertigem Lúcida”, seu terceiro livro, premiado pela Secretaria de Educação e Cultura de Pernambuco. Em 1959, lançou o “Livro Geral”, reunindo sua obra poética já editada acrescida de poemas novos (Prêmio de Poesia do Instituto Nacional do Livro). Compositor, em parceria com Capiba, renomado músico pernambucano, foi autor de letras de músicas de sucesso, entre as quais destaca-se “A mesma rosa amarela”, incorporada ao movimento da Bossa Nova na voz de Maysa, e depois gravada por outros artistas como Vanja Orico, Tito Madi e Nelson Gonçalves, “Claro Amor”, “Pobre Canção” e “Manhã de Tecelã”.